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Toxicocinética

Referências bibliográficas:

  • Toxicological Review of Benzo[a]pyrene. CASRN 50-32-8. 2012. EPA

  • Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs), Chapter 5.9, WHO Regional Office for Europe, Copenhagen, Denmark, 2000. Air Quality Guidelines - Second Edition

Absorção

ORAL

INALATÓRIA

DÉRMICA

O benzo(a)pireno (BaP) é rapidamente absorvido a partir do trato gastrointestinal quando está solúvel nos lípidos da dieta. A absorção também é facilitada pela presença de sais biliares no lúmen intestinal. (Toxicological Review, 2012)

A absorção pelo trato respiratório é extensa e a entrada na circulação hepatobiliar é rápida. Uma experiência realizada com ratinhos demonstrou a presença de 21% do composto no fígado 10 minutos após exposição. Na bílis, foi detetada 74% da dose 6h após exposição. (WHO, 2000)


Quando o BaP está adsorvido em partículas, a taxa de absorção no trato respiratório é inferior, uma vez que as partículas depositam sendo retidas por um maior período de tempo no trato respiratório. As partículas podem ser eliminadas por clearance brônquica. Além disso o BaP pode ser parcialmente removido das partículas a que está adsorvido durante o transporte sobre a mucosa ciliada podendo, uma vez na forma livre, penetrar diretamente no epitélio brônquico sendo, neste caso,  a absorção dependente da taxa de dissociação. (WHO, 2000)

Um estudo feito em 8 voluntários que foram expostos a BaP por via dérmica revelou que 20-56% da dose é absorvida em 6h sendo que a taxa de absorção varia muito com o local anatómico mas tem pouca variabilidade entre indivíduos. (Toxicological Review, 2012)

 

O tipo de veículo através do qual ocorre exposição ao BaP bem como a sua viscosidade interferem na capacidade de penetração através da pele. (Toxicological Review, 2012)

Distribuição

O benzo(a)pireno distribui-se em praticamente todos os tecidos do organismo. Foi possível detetar a sua presença na gordura corporal, no sangue, no fígado e no rim e ainda a presença dos seus metabolitos no soro, fezes e urina.O BaP tal como os seus metabolitos podem ser transportados pelo sangue, pela linfa e pela bílis.

 

É capaz de atravessar a barreira transplacentária podendo apresentar risco para o feto na mulher grávida.

 

A distribuição não é influenciada pela via de absorção. Resultados de estudos demostraram uma distribuição semelhante após administração oral, intratraqueal, intravenosa e oral. (Toxicological Review, 2012)

O metabolismo ocorre em praticamente todos os tecidos, mas principalmente no fígado, pulmão, pele, trato gastrointestinal e órgãos reprodutores. Os produtos do metabolismo de fase I incluem epóxidos, fenóis, quinonas e dihidrodiois, dos quais os epóxidos e as quinonas contribuem para a toxicidade do composto. As enzimas que intervém nesta metabolização são CYP1A1 e CYP1B1 e Epóxido hidrólase (EH).

O metabolismo de fase II protege as macromoléculas da ligação dos compostos reativos gerados nas reações de fase I pelo que o balanço entre a bioativação (fase I) e a destoxificação (fase II) é determinante para a toxicidade do composto. As reações de fase II incluem então a conjugação com a glutationa mediada pela Glutationa-S-transferase GST, a sulfonação mediada por sulfotransferases, a glucuronidação por glucuronosiltransferases (UGT) e a redução das quinonas por ação da NADPH quinona oxidorreductase (NQO).

Apesar de não ser específico para o benzo(a)pireno, o polimorfismo dos genes que codificam para a GST, UGT e EH comportam um risco acrescido ao desenvolvimento de cancro. (Toxicological Review, 2012)

Excreção

FEZES

Urina

(cerca de 1%)

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